As “pedras nos rins”, como são popularmente chamados os cálculos renais, causam uma das dores mais fortes que uma pessoa pode experimentar.
Esse problema, que atinge cerca de 13% da população mundial e 5% da brasileira, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia.
Localizados na região posterior do abdômen, os rins controlam o volume de água no organismo, eliminando o excesso do líquido junto com substâncias indesejadas através da urina.
Desempenham a importante função de filtrar o sangue para eliminar esses elementos prejudiciais à saúde, que vêm dos processos metabólicos do próprio corpo, como a creatinina e ureia, ou substâncias indesejadas ingeridas por medicamentos, como antibióticos.
Além disso, regulam o PH do sangue, produzem hormônios, metabolizam a vitamina D e mantém o equilíbrio dos minerais responsáveis pelo transporte de água para dentro das nossas células e pelos impulsos elétricos do nosso corpo que permitem a movimentação muscular.
Por todas estas razões, os rins são considerados órgãos vitais.
Índice
Causa comuns das “pedras nos rins”
O cálculo renal pode ocorrer quando certas substâncias se acumulam nos rins ou nos canais urinários. As pedrinhas variam de tamanho e composição. O tipo mais comum é formado por cálcio combinado com oxalato ou fostato, que estão presentes em uma dieta normal. Podem ser resultado de alguns fatores:
- Genética. Quando há histórico familiar de cálculos renais, é bom ficar atento. A hereditariedade é uma causa muito comum deste problema de saúde.
- Maus hábitos de saúde. Baixa ingestão de líquidos, principalmente água, alimentação de má qualidade e sedentarismo constituem a fórmula ideal para o acúmulo das substâncias causadoras dos cálculos.
- Fatores ambientais e climáticos. Em situações de calor excessivo, tendemos a transpirar mais, o que faz com que haja uma perda grande água no organismo. Com isso, a urina fica mais concentrada, aumentando o risco da formação das pedrinhas. No verão, os casos podem aumentar em cerca de 30% nas emergências médicas.
Veja em nosso site : Calor pode aumentar risco de formação de pedra nos rins
Sintomas
Eis a questão: quando localizados nos rins, as pedrinhas nem sempre causam sintomas.
O problema se agrava quando começam a se movimentar para o canal que leva a urina do rim para bexiga, chamada de ureter. Elas causam obstrução e a dor aparece.
A dor do cálculo renal pode começar na região lombar, migrando para outras regiões do abdômen, ou na parte de baixo da barriga.
Vontade excessiva de urinar, sangue na urina, náuseas e vômitos são sintomas típicos que acompanham as dores.
Quando esses sintomas aparecem, a orientação é buscar um atendimento médico de emergência, como nas unidades da Rede D’Or São Luiz, o mais rápido possível.
Diagnóstico e tratamento
O urologista solicitará exames para detectar o cálculo renal quando está na fase assintomática ou confirmar o diagnóstico, no caso da crise. São eles: exames de sangue e de urina, ultrassom e tomografia computadorizada.
Quem mora na região, pode procurar diretamente o urologista em Santo André ou em outra unidade da Rede D’Or São Luiz. O médico definirá o melhor tratamento, que varia conforme o caso. As possibilidades são:
- Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios potentes para avaliar a dor;
- Litotripsia: procedimento feito com ondas de choque com o objetivo de “bombardear” a pedra para que se quebre e seja eliminada pela urina.
- Cirurgia percutânea: Feita através da pele, com um pequeno corte de mais ou menos um centímetro, nessa cirurgia são introduzidos instrumentos para a fragmentação e retirada do cálculo no rim.
- Cirurgia endoscópica: Com o uso de um laser, essa cirurgia retira pedras menores com a ajuda de pequeno tubo que passa pela uretra e vai até o rim do paciente.
- Ureteroscopia: Esse tratamento por via endoscópica é indicado para quando o cálculo está localizado no ureter.
Prevenção
Algumas mudanças de comportamento podem ajudar a impedir a formação do cálculo renal:
A primeira é beber água. A hidratação adequada é fundamental para a manutenção da saúde dos rins e de todo o sistema urinário.
A segunda é atenção com a alimentação. Uma dieta equilibrada e saudável reduz bastante os riscos da formação do cálculo renal. Excesso de sal, proteínas e alimentos ricos em oxalato, como chocolate, nozes, espinafre e batata doce contribuem para o surgimento do problema. O excesso de cálcio também é fator de risco. Cuidado com suplementação sem orientação médica.
E, por fim, faça atividades físicas. Movimentar o corpo com frequência e qualidade é um hábito que colabora para a regulação de todo o sistema metabólico do organismo, além de prevenir inúmeras doenças.