Uma das franquias mais populares e bem sucedidas do cinema nem estreou e já envolvida com polêmicas, “Minha mãe é uma peça 3”, prevista para chegar nas telonas em dezembro.
Uma cena muito importante do filme foi cortada da edição final, o beijo gay do casamento entre o personagem de Juliano (Rodrigo Pandolfo) e Thiago (Lucas Cordeiro) a pedido de ninguém menos do que o Paulo Gustavo, o roteirista e protagonista da trilogia. O que já vimos se repetir na vida real, mas, precisamente no casamento do autor e seu atual marido, Thales Bretas, a qual a união não foi selada pelo famigerado beijo entre o casal que também foi muito criticado na época.
Mas qual seria o motivo?
De acordo, com o ator Rodrigo Pandolfo em entrevista ao site da UOL, a justificativa seria plausível.
“O Paulo optou por não ter o beijo. Entendi depois. Antes, cheguei e questionei: ‘Por que não vai ter?’. Ele falou: ‘Olha, a gente está fazendo um filme popular. A gente sabe que o Brasil tem questões [relacionadas ao beijo gay] ainda, infelizmente. O Juliano já vai se casar’. Ele não sentiu a necessidade de colocar o beijo e expor publicamente”, informa o interprete de Juliano, personagem inspirado na história de vida de Paulo Gustavo.
Pandolfo concorda com tal decisão e ainda ressalta que não há a necessidade de “esmurrar” uma relação homoafetiva na cara do público.
“Eu entendo, de certa forma. O filme é a maior bilheteria da história do cinema brasileiro. Se você coloca o beijo acontecendo, em uma sociedade que, infelizmente, ainda se assusta, talvez seja agressivo. O Paulo usou uma expressão que é: ‘A gente não precisa esfregar nenhuma opinião pessoal na cara do público. A gente já está mostrando um casamento gay. Mais do que isso não precisa’”.
Mesmo sendo ponderado e muito cuidadoso com seus argumentos, Rodrigo se mostra triste por presenciar o impacto que o preconceito causará na distribuição do filme.
“É ilógico, é infeliz a gente ter que pensar em censura, porque o público talvez não receba tão bem. É terrível. Na verdade, é um reflexo que vem de fora. Censuram a gente e somos obrigados a ‘morrer’, ‘desaparecer’ ou ‘ceder’ à censura. É um pouco isso. A gente espera que daqui a muito pouco tempo isso mude”, refletiu o artista.
O ator realmente estava certo em prever que o público não receberia nada bem, porém, pelo motivo ao contrário, nas redes sociais, os internautas condenaram tal decisão vindo de um pessoa pública que deveria representar uma minoria, todavia, optou em pensar em seu lado financeiro, confira algumas indignações:
A revolta foi tão grande que o assunto foi um dos mais comentados no twitter.
E você? O que acha dessa decisão? Conte para gente!